domingo, 16 de dezembro de 2012

O início

Hmm... como é difícil o início!
Já havia tentado antes... sem sucesso. Comecei sabendo pouca coisa e me frustrando a cada tentativa malsucedida de fazer aquilo que todos faziam tão bem!
Mas queria aprender! Aquilo me fascinava! Ora, se todos faziam, por que não eu?
Peguei aqueles livros escondidos na estante (certos de que não seriam lidos novamente) e procurei entender a arte: lia, relia, virava o livro de cabeça para baixo (que posição seria aquela? A sombra não deixava ver muito bem o que devia ser feito... Como é que alguém conseguia fazer aquilo?) e nada!
Até que um dia minha mãe (sim, minha mãe acabou sendo minha grande incentivadora!) trouxe um elefante para casa. Aquilo foi demais! Olhava para ele com o encantamento de uma criança! Era incrível ter em minha casa um ser de tamanha beleza! Minha admiração por ele só diminuiu quando, ao pesquisar sobre o assunto, encontrei algo que atraiu ainda mais minha atenção: bolas!
Bolas de formas e tamanhos diferentes, suspensas por um fio ou simplesmente repousadas sobre um móvel.
E, então, tudo começou...
Passava horas assistindo a vídeos, vasculhando sites e blogs, procurando imagens daquilo que me consumia!
Me atirei àquilo com voracidade! Sabia o significado de "sangue, suor e lágrimas"... bem, sangue não. Mas muito suor e algumas lágrimas.
E um dia, depois de muita dedicação e paciência, consegui! Fiz o que todos faziam e me senti realizada, plena! A sensação era a de ter chegado ao topo do mundo! E na primeira vez não poderia ter outro nome: Vênus!
E pensar que eu já fazia isso na infância e nem me dava conta!
Nestes últimos três anos tenho me dedicado a essa paixão incessante e compulsivamente. Não posso mais viver sem isso. Sim, é um vício!
Minha família pede mais atenção, mas é irresistível a atração que isso exerce sobre mim. Já tentei desistir várias vezes, mas não consigo ficar um dia sem praticar.
O melhor de tudo isso é saber que não estou só nessa empreitada: há pessoas (homens e mulheres, jovens e idosos, até crianças!) do mundo todo que compartilham da mesma prática e procuram difundi-la em encontros regulares, com a presença de mestres consagrados no assunto.
Amo o que faço e é por isso que continuo a... dobrar. A dobrar papel!
Sim! Meu vício é o Origami!!!




Este foi meu primeiro modelo: Kusudama Vênus, dobrado e costurado com muito esforço, após assistir ao excelente vídeo de Tadashi Mori, no site Oritube!

E todas essas palavras ( muitas... para quem não gosta muito de falar) são para o Desafio Origami 2012, que Norberto Kawakami (grande origamista e incentivador da arte no país) lançou aos amantes do papel. Seu blog, "Origami, transformando papel em arte", é um guia de referência a todos aqueles que admiram origami.

Este texto faz parte do Desafio Origami 2012 - O Início.

Vamos dobrar?


4 comentários:

Deinha disse...

Ei Yara!Amei sua história!Muito mais porque você teve a ajuda e incentivo de sua mãe.O encantamento que o origami nos proporciona é algo que acaba nos nutrindo a alma.Um grande abraço!!!

Norberto Kawakami disse...

Yara,
beleza?
Tarefa cumprida!

abraço

Yara Yagi disse...

Disse tudo, Deinha!!! Obrigada!

Um grande abraço e um ótimo domingo!

Yara Yagi disse...

\o/
Obrigada, Norberto!
Abraços e bom domingo!