sábado, 1 de agosto de 2009

Caro Amigo

Há quanto tempo você não recebe uma carta? Uma carta verdadeira. Não vale correspondência de banco, cobrança ou propaganda. Carta mesmo! Aquela com selinhos coloridos, carimbo do correio e envelope (do tempo em que "selinho" era aquele apreciado por filatelistas...). Aquela carta que você abre picotando a lateral do envelope, sem antes olhar contra a luz para não rasgar o conteúdo. Aquela, escrita em papel de carta desenhado ou numa simples folha de caderno, mas dobrada com jeito para se acomodar ao envelope. Aquela carta "gorda" que lhe satisfaz a curiosidade com folhas e mais folhas de uma caligrafia já conhecida. Ou aquela fininha que traz uma única folha, quase um bilhete, mas que porta palavras de alento. Aquela carta que traz uma foto entre as páginas: foto de uma criança que cresceu, de um lugar para o qual não mais se retornou, de alguém querido que há muito não se vê.

Essa carta. Há quanto tempo você não recebe uma carta como essa? Há quanto tempo você não envia uma carta como essa?

Numa época em que só se usa o correio eletrônico, por que não escrever uma carta? Como hoje é o Dia do Selo Postal Brasileiro, ande, pegue papel e envelope, e escreva uma cartinha. Pode ser que haja alguém esperando notícias suas.


Um abraço, Yara.

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